Domingo, 22 de Fevereiro de 2004

António Ferreira

Soneto


Aquele claro sol, que me mostrava
O caminho do Céu mais chão, mais certo,
E com seu novo raio ao longe, e ao perto
Toda a sombra mortal m’afugentava:

Deixou a prisão triste, em que cá estava
Eu fiquei cego, e , só co passo incerto,
Pedido peregrino no deserto,
A que faltou a guia que o levava.

Assi co sprito triste, o juízo escuro,
Suas sanctas pisadas vou buscando,
Por vales, e por campos, e por montes.

Em toda a parte a vejo, e a figuro.
Ela me toma a mão, e vai guiando
E meus olhos a seguem feitos fontes.



António Ferreira
publicado por CONSTALVES às 17:42
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