Domingo, 22 de Fevereiro de 2004

W.Shakespeare

Soneto XVII


Who will believe my verse in time to come

If it were filled with your most high deserts?

Though yet heaven knows it is but as a tomb

Which hides your life and shows not half your parts.

If I could write the beauty of your eyes

And in fresh numbers number all your graces,

The age to come would say, `This poet lies:

Such heavenly touches ne’er touched earthly faces.’

So should my papers, yellowed with their age,

Be scorned like old men of less truth than tongue,

And your true rights be termed a poet’s rage

And stretched metre of na antigue song:

But were some child of yours alive that time,

You should live twice, in it and in my rhyme.




Tradução: Jorge Wanderley



Quem crerá nos meus versos algum dia,

Se tanto louvam tuas qualidades?

Mas sabe o céu que são a tumba fria

A te esconder a vida e só a metade

Dizem de ti. Se teus olhos, somente,

Ou tuas graças todas eu cantasse,

O futuro diria: “O poeta mente,

Que o céu não toca assim humana face.”

E então os meus papéis já desbotados

Seriam - como velhos falastrões -

Encarnecidos e os teus dons deixados

No esquecimento de banais refrões:

Mas terás, se um teu filho viver tanto,

Dupla vida: no filho e no meu canto.





W.Shakespeare
publicado por CONSTALVES às 23:15
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